sábado, 16 de maio de 2009

Pessoas são como estrelas

Hoje olhei pro céu e senti falta das estrelas. Eram poucas, queria saber quem as tinha roubado. Me perguntava o seu destino, pois me lembrava dos tempos de menino quando elas eram impossíveis de se contar. Quando o medo de criar verrugas me era inerente, estando arraigado como verdade. Quando a tecnologia depertava a curiosidade ao perceber que entre todas as milhares de estrelas havia uma que podia andar. Dizia meu tio "é um satelite, percebe?" E diante da surpresa e do pouco entendimento tentava imaginar uma estrela satélite ou um satélite estrela, sei lá. Coisa de menino, pois quando "era menino pensava como menino, agia como menino".

Hoje sou homem, tenho atitudes de homem, embora nem sempre, mas penso como homem. Hoje percebo que a claridade das cidades não permite que as estrelas que possuem menor brilho apareçam. Elas são omitidas por aquilo que é maior do que elas. Acabam no esquecimento, embora sempre estejam ali.

Bem assim são as pessoas, todas elas tem o seu brilho. Algumas brilham mais, mas isso não significa que tenham maior importância e sim que são diferentes. Na verdade todas elas são impares, únicas, no entanto só damos valor às que vemos, ou às que queremos ver. As luzes do mundo refletidas pelo "pré-conceito" não permitem que o brilho de algumas pessoas seja visto, por isso vivem como se não existissem, sozinhas, singulares.

Pessoas são como estrelas, temos que "desligar a luz do mundo" para que possamos vê-las.