quarta-feira, 14 de abril de 2010

Um grito...

Ontem a noite foi longa. O plantão parecia infindável e a carne mais uma vez tentava sobressair, se destacar em detrimento do espírito. Tinhamos a oportunidade de trabalhar e orar ao mesmo tempo, mas a luta para começar uma conversa com o Pai foi longa. Até que ao escutar algumas músicas começamos a sussurrar algumas palavras... Estas se transformaram em gritos, gritos por misericórdia - Misericórdia!!! Misericórdia!!! Clamava em alta voz... Mas no meu íntimo eu sabia que não era apenas por mim.

Onde trabalho é bem espaçoso, não tem ninguém por perto, por isso os gritos eram possíveis. Logo esses gritos se transformaram em confissões e estas em lágrimas. Perdão!!! Perdão!!! Rasguei a alma diante de Deus e por mais uma vez me despi diante da sua paternidade, me senti um verme, me percebi imundo. - Perdão!!! Perdão!!! Por mais uma vez clamei... Esse clamor era por mim e não por um todo, diferente do que senti ao exclamar: Misericórdia!!! Clamei até que a paz que excede todo o entendimento invadiu a alma e assim me senti nos braços do Pai.

Hoje a noite está longa... Depois da devocional, liguei a TV e vi algumas reportagens sobre os desastres no Rio, especificamente em Niterói. Por mais uma vez me veio ao coração: - Misericórdia!!! Misericórdia!!! Algo nos falava para não parar de clamar, mas se colocar na brecha, em oração.

Vamos clamar por misericórdia, vamos nos colocar no lugar dos outros, sejamos irmãos!!! Vamos buscar a face do Pai, buscar a sua intimidade, confessar as nossas dores, pedir-lhe perdão.

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